sexta-feira, 30 de abril de 2021

Escultura de Sorrisos de Pedra colocada no fundo do mar junto ao Pico


Com a colocação da ´Deusa do Mar´, uma escultura de Sorrisos de Pedra de Helena Amaral, o projeto celebra 6 anos de parceria entre a artista e a associação MiratecArts
 
"Esta é a primeira escultura que chega ao fundo do nosso mar dos Açores ou pelo menos a 12 metros de profundidade, colocada pela cidadania," indicou o diretor artístico Terry Costa durante a apresentação. É no local da Furna de Santo António, em São Roque do Pico, onde a atividade de mergulho é praticada, e onde fazia todo o sentido como local ideal para a colocação desta a escultura, #200 do projeto do roteiro que dá a volta à ilha do Pico. Esta aventura, liderada por Pedro Marques, assim se seguiu após garantir que com os pedidos efetuados pudesse ser lá colocada uma obra de Helena Amaral. 

Com os pareceres favoráveis, a MiratecArts agradece às equipes da Secretaria Regional do Mar e Pescas, Direção Regional de Assuntos do Mar, Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, Parque Natural do Pico, Direção-Geral da Autoridade Marítima / Capitania do Porto da Horta e Câmara Municipal de São Roque do Pico, por apoiar este processo burocrático e ao Twin Peaks Diving Centre em São Roque do Pico, Gary, Caspar e mergulhadores que se disponibilizaram para a logística e colocação desta escultura no nosso mar. 

"Foi um longo processo, que envolveu muitos pareceres, mas valeu a pena - juntos conseguimos mais," assim terminou Terry Costa na sua intervenção a marcar os 6 anos do projeto, a qual Helena Amaral adicionou que "o sorriso também pode submergir nas águas deste oceano que habita e rodeia a montanha da qual são extraídos os Sorrisos de Pedra." 

O projeto Sorrisos de Pedra de Helena Amaral, além do roteiro à volta da ilha montanha, também conta com uma exposição itinerante das esculturas de Helena Amaral e fotografia de Pedro Silva, que já chegou a várias ilhas dos Açores — link para mais fotos

Haja saúde!


quinta-feira, 29 de abril de 2021

Substituta da Cofaco à vista!


O Aviso n.º 35/2021 do Jornal Oficial II Série, de 28 de abril, veio revelar que a Município da Madalena foi contactado informalmente pela empresa Conseran - Conservas do Atlântico Norte, Lda no início do corrente ano, tendo mantido, desde então, com os seus responsáveis variadas reuniões, onde foi manifestado o interesse na construção de uma nova fábrica de transformação de pescado, a localizar na Ilha do Pico, em concreto, no Concelho da Madalena.

De forma a alcançar este desiderato, é intenção municipal proceder à cedência gratuita de direitos de utilização (provisórios ou definitivos) de uma parcela de 33.582m2 de área de um terreno localizado nas Bandeiras (parcela identificada em planta anexa, integrada num terreno com área total de 66.880m2), por um período mínimo de 20 anos, para privado(s) com interesse efetivo em investimento no Município da Madalena que congregue capacidade de promoção do emprego e de aposta em setor económico reconhecidamente do interesse público municipal, de que se destaca concretamente a possibilidade de o investimento visar concretamente a construção, pelo(s) privado(s) investidor(es) interessados, de uma fábrica de transformação de pescado, o que, sendo o caso, reunirá as seguintes características:
  • i) do edifício:
    • - área mínima de implantação - 6000.00m2:
    • - área mínima de construção - 7000.00m2;
    • - número máximo de pisos - 3 pisos;
    • - cércea máxima - 13 metros;
  • ii) do investimento:
    • - capacidade mínima de transformação anual - 5.000.00 ton/ano;
    • - número mínimo de postos de trabalho criados - 150 postos de trabalho;
    • - volume mínimo total de investimento - 10 milhões de euros;
    • - prazo máximo do início da construção - Dezembro/2021;
    • - prazo máximo de construção - Dezembro/2023.

Este é um excelente indicador de que talvez esteja mesmo a caminho do Pico uma nova fábrica de transformação de pescado, a qual, de certo modo, vem substituir a Cofaco. Ademais, este indicador sai ainda mais reforçado pelo facto de que a empresa Conseran está formalmente constituída desde março passado e com sede na vila da Madalena.

Aguardemos, então, pelas cenas dos próximos capítulos, com a certeza de que, a se concretizar este investimento, ele será certamente uma mais-valia para a ilha montanha.

Haja saúde!

[Post scriptum: Anúncio de Concurso Público para Empreitada de construção da Fábrica de Conservas na Madalena - Ilha do Pico | Conseran: a substituta da Cofaco apresenta o seu projeto industrial]   



quarta-feira, 28 de abril de 2021

Consignada requalificação do Largo da Igreja de Santo António


Na passada segunda-feira, 26 de abril de 2021, foi assinado o Auto de Consignação, entre a Câmara Municipal de São Roque do Pico e a Tecnovia-Açores, relativo à obra de requalificação do Largo da Igreja de Santo António [recorde-se que o respetivo concurso público tinha sido lançado em abril de 2020, a adjudicação teve lugar em setembro desse mesmo ano, sendo que o Tribunal de Contas deu luz verde a esta empreitada em fevereiro último].

Com um prazo de execução de 12 meses, o investimento de 850 mil euros [cofinanciado em 400 mil euros ao abrigo do Programa Operacional 2020, através do PIRUS (Programa Integrado de Regeneração Urbana Sustentável)] iniciou-se igualmente no próprio dia da consignação.

Esta requalificação permitirá a criação de um espaço urbano público dividido por três patamares diferenciados entre si. O primeiro, de grande extensão, localizar-se-á no prolongamento da via, o segundo, além de zona de passagem, será um local mais reservado, enquanto no terceiro e último patamar ficarão as instalações sanitárias. Além disso, o projeto contempla a criação de uma pequena zona de estacionamento em paralelo com a via, bem como arranjos exteriores à Igreja Paroquial.

O Presidente do Município, Mark Silveira, afirmou que "com esta obra pretendemos dar dignidade ao espaço e à Freguesia. Santo António é a segunda maior freguesia do concelho, mas a exiguidade do espaço em frente à Igreja obriga a que as festividades religiosas sejam celebradas entre a estrada e o Largo. Por isso, este projeto permitirá dignificar a zona de culto da Freguesia e as próprias festividades que se celebram ao longo do ano".

[Fonte: CMSRP]

Haja saúde!

Post scriptum: Adicionada publicação relacionada com o andamento da empreitada em março de 2022.










terça-feira, 27 de abril de 2021

Projeto interativo da Casa dos Vulcões é finalista em competição internacional


A Edigma está nomeada para os InAVation Awards, prémios que visam reconhecer as melhores soluções multimédia e projetos interativos a nível mundial. A empresa portuguesa é a única finalista na edição deste ano da competição, tendo conquistado um lugar na shortlist da categoria “Visitor Attraction”.

A nomeação diz respeito à tecnologia implementada pela Edigma na Casa dos Vulcões, na ilha do Pico. Trata-se de uma cápsula sensorial que permite criar um ambiente imersivo e realista que transporta os visitantes da Casa dos Vulcões para o centro da Terra através de projecções audiovisuais que, de acordo com a Edigma, potenciam as componentes cultural, pedagógica e turística.

Junta-se ainda um simulador que visa recriar sismos ocorridos e vulcões em erupção para que os visitantes possam saber como proceder numa situação deste tipo e conhecer as medidas de precaução e respostas básicas.

[Fonte: Marketeer]

Haja saúde!

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Vinha do Pico em destaque na plataforma de Artes e Cultura da Google


A gigante tecnológica Google enriqueceu recentemente o seu catálogo 'Arts & Culture' com visitas virtuais a muitos dos locais considerados Património Mundial da UNESCO.

Em particular, a Paisagem da Cultura da Vinha da ilha do Pico faz parte dos inúmeros locais de excelência por esse mundo fora que podem agora ser visitados à distância de um clique ou numa APP dedicada.

Assim, para todos aqueles que não podem (ainda, espera-se) visitar as vinhas do Pico, aqui fica o link para a respetiva entrada no catálogo 'Arts & Culture' da Google:


Haja saúde!

domingo, 25 de abril de 2021

Coro de São Roque do Pico recorda senhas do 25 de Abril


'E depois do Adeus' e 'Grândola, Vila Morena' foram as senhas para o início da operação militar que alteraria o curso da História de Portugal, terminando com 41 anos de ditadura.

Numa altura em que se celebra 47 anos da Revolução dos Cravos, o Coro de São Roque do Pico recorda os dois temas — ver vídeo anexo [Fonte: CMSRP].

Haja saúde!



sábado, 24 de abril de 2021

Alguns locais de interesse para a caça submarina no Pico


No âmbito de um Projeto Final de Licenciatura em Guias da Natureza, da autoria de José Rodrigues, foi elaborado um trabalho centrado na escolha de alguns locais de interesse para a caça submarina na ilha do Pico, nomeadamente na costa sul.

Tendo por base entrevistas feitas a quatro caçadores submarinos residentes na ilha montanha, foi também possível fazer uma caracterização subaquática dos locais e definir algumas das espécies alvo a ter em conta. Foi também elaborada uma descrição das espécies alvo a ter em conta, sendo que em algumas destas foi adicionado o valor desportivo e técnicas de caça.

O trabalho supramencionado pode ser consultado na íntegra através do seguinte linkLocais de interesse para a caça submarina na ilha do Pico.

Haja saúde!

sexta-feira, 23 de abril de 2021

A Ilha a Leste da Montanha do Pico


Por norma, quem chega ao Pico desembarca no seu lado ocidental, com o vulcão (2351m) a barrar a visão sobre o lado oposto. Para trás do Pico montanha, há todo um longo e deslumbrante “oriente” da ilha que leva o seu tempo a desvendar.

É assim que se inicia um artigo sobre a ilha do Pico, publicado no blog de viagens 'Got2Globe' e que pode ser lido na íntegra através do seguinte linkA Ilha a Leste da Montanha do Pico.

Haja saúde!

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Prazer do Espírito e do Olhar – Paisagem e Viagem em Arte Portuguesa da Coleção Arquipélago


O Museu do Pico e o Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas inauguram no próximo dia 23 de abril, no Museu da Indústria Baleeira, na ilha do Pico “Prazer do Espírito e do Olhar – Paisagem e Viagem em Arte Portuguesa da Coleção Arquipélago”, o projeto expositivo de itinerância do Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, que apresenta uma seleção de obras da sua coleção de arte contemporânea.
 
A exposição considera duas dimensões essenciais à identidade e à memória do território onde nos situamos, o arquipélago dos Açores: a Paisagem, marcante para quem o habita e visita, e a Viagem, enraizada na dimensão ancestral e imaterial da sua vocação e destino, e da inevitabilidade da transposição da barreira do Mar que nos rodeia. Integram a exposição obras de Gil Heitor Cortesão, Inês Botelho, João Pedro Vale, João Queiroz, Luísa Jacinto, Pedro Valdez Cardoso, Rui Calçada Bastos e Sandra Rocha.
 
“Pensando nas diferenças de escala e particularidades identitárias de cada ilha deste arquipélago, foram selecionadas obras também com diferentes escalas e singularidades, que ainda que representem a arte portuguesa contemporânea, têm pronúncias distintas, resultantes de diferentes formas de estar e de pensar a Arte, ainda que próximas e unidas sob um conjunto de pontos de contacto a partir dos quais foi construída a narrativa expositiva.”, refere Diana Gonçalves dos Santos, curadora da exposição.
 
O projeto expositivo de itinerância arrancou em outubro de 2017, na ilha do Faial, tendo já passado por Santa Maria, Graciosa e mais recentemente São Jorge. É agora a vez da ilha do Pico receber esta exposição que poderá ser visitada no Museu da Indústria Baleeira, em São Roque do Pico, a partir do dia 23 de abril. A abertura da exposição ao público acontece a partir das 14h.
 
Mais informações em no seguinte link: Exposição PRAZER DO ESPÍRITO E DO OLHAR Paisagem e Viagem em Arte Portuguesa da Coleção Arquipélago – Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas

Haja saúde!






quarta-feira, 21 de abril de 2021

Está revelado: custa 30 milhões a solução adequada para a pista do aeroporto do Pico


O jornal 'Diário dos Açores' teve acesso ao “Estudo para a Avaliação das Condições de Operacionalidade do Aeródromo da Ilha do Pico”, encomendado pelo Governo Regional anterior, e revelou as partes essenciais desse estudo na sua edição n.º 42.457, de 20 de abril de 2021.

Com base no que foi agora divulgado, é possível chegar às seguintes primeiras conclusões:
  • O estudo analisou cinco soluções para intervenções na pista [pormenores sistematizados na tabela anexa];
  • Três soluções (as mais onerosas) tiveram parecer desfavorável;
  • Duas soluções (notavelmente as mais económicas) tiveram parecer neutro — "as vantagens evidentes em termos de capacidade do aeroporto são contrabalançadas por prejuízos sociais e ambientais";
  • Os pareceres neutros não foram claramente positivos devido à ocupação de terreno de vinha Património Mundial — "em todo o caso, admite-se que se o desenvolvimento do Aeroporto for reconhecido como acção de relevante interesse público, este poderá ser realizado, desde que não sejam postos em causa os valores naturais e culturais que determinaram a classificação da Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico como Área Protegida e como Património Mundial";
  • Foram considerados os seguintes aviões de referência: Dash Q200, Dash Q400, A320, A320neo, A321neo, B737-700, B737-800 e B737-900;
  • O estudo abordou a operação dos aviões de referência para um raio de ação de 1500NM [milhas náuticas], que permite servir as capitais europeias mais próximas (Madrid, Londres e Paris);
  • "Verifica-se que, exceptuando o A320, os restantes aviões só poderão operar na pista actual em condições economicamente muito desvantajosas para este raio de acção, inviabilizando uma operação rentável";
  • Com cerca de 17 milhões de euros ['Solução 1'] consegue-se "reduzir as restrições da actual operação, com aviões do tipo A320 em voos para o continente";
  • Com cerca de 30 milhões de euros ['Solução 2'] consegue-se "viabilizar a operação dos aviões de referência, com exclusão do B737-900 sem limitações de payload para um raio de ação de 1500NM, que permite servir as capitais europeias mais próximas (Madrid, Londres e Paris)";
  • Foram ainda identificadas quatro medidas de intervenção no aspecto operacional (na ordem dos 450 mil euros) que mereceram um parecer positivo e que também são "investimentos propostos para melhorar a informação e procedimento mesmo para a pista actual";
  • "Os custos apresentados devem ser entendidos como uma primeira estimativa de valores a desenvolver e confirmar em estudos mais desenvolvidos" — "será necessário realizar levantamentos topográficos, cadastrais e estudos geotécnicos";
  • "Nenhuma das soluções é viável economicamente".

Comece-se por analisar o último ponto elencado anteriormente: a viabilidade económica associada a um qualquer projeto pressupõe que este trará retorno financeiro; no caso do Aeroporto da ilha do Pico, bem como para a esmagadora maioria dos aeroportos nos Açores (quiçá todos?), qualquer investimento de grande vulto não será rentável para quem explora a infraestrutura, mas certamente trará inúmeros benefícios (inclusive em termos económicos) para as respetivas populações. Posto isto, a (já expectável) não viabilidade económica das soluções estudadas não deve ser, de modo algum, um fator impeditivo da melhoria das condições de operacionalidade do aeroporto do Pico.

As revelações sobre o estudo em causa sinalizam claramente que há "vantagens evidentes" em aumentar a pista do Pico e que só não se obteve pareceres manifestamente positivos (para as duas soluções mais económicas) devido ao facto de este aeroporto estar inserido numa zona protegida — por outras palavras, se as vinhas circundantes não fossem classificadas como Património Mundial, os pareceres neutros passariam a positivos. Atendendo a que será certamente possível garantir que os pressupostos que levaram à classificação da Paisagem da Cultura da Vinha da ilha do Pico como Património Mundial se mantêm mesmo com um aumento da pista (à semelhança do que já ocorre com inúmeros outros investimentos nesta paisagem protegida), também este fator do Património Mundial não deve obstar ao desenvolvimento do aeroporto do Pico — aliás, em alguns aspetos, até poderá valorizar o património existente.

O estudo mostrou igualmente ser mais amplo do que inicialmente se julgava, com o 'Diário dos Açores' a sublinhar que o mesmo contradiz afirmações recentes do Governo atual sobre este tema. Mais concretamente, não só foram estudadas várias aeronaves das famílias Airbus A320 (A320, A320neo e A321neo) e Boeing 737 (B737-700, B737-800 e B737-900), mas também foi considerado "um raio de ação de 1500NM [milhas náuticas], que permite servir as capitais europeias mais próximas (Madrid, Londres e Paris)". Este facto é digno de registo e merece uma congratulação, isto por notoriamente ir ao encontro de um dos desígnios da petição pública "Pelo aumento das condições de operacionalidade do Aeroporto da ilha do Pico": que o Pico e as ilhas do "Triângulo", em particular, e os Açores, em geral, passem a ter uma porta de entrada totalmente gerida, explorada e desenvolvida pela Região para servir condignamente as ligações aéreas com o exterior, quer para o território nacional, quer para o estrangeiro.

Em termos técnicos, as revelações do estudo confirmam não só que a pista atual inviabiliza uma operação rentável para os aviões de referência, mas também que existem duas soluções adequadas para mitigar este problema, isto atendendo ao custo/benefício das cinco soluções estudadas. Examinando estas duas soluções, as conclusões a tirar são:
  • A 'Solução 1' [17 milhões de euros] garantiria que apenas o A320 (que já opera no Pico) passaria a operar sem restrições e somente até ao continente português [menos de 1000NM];
  • A 'Solução 2' [30 milhões de euros] viabilizaria a operação da esmagadora maioria das aeronaves utilizadas mundialmente nas operações de médio curso, isto para um raio de ação [1500NM] adequado aos interesses do Pico e das ilhas do "Triângulo", em particular, e dos Açores, em geral.
Posto isto, a escolha acertada recai claramente na 'Solução 2', a qual criaria um aeroporto capaz de servir condignamente as necessidades atuais e futuras da ilha montanha — note-se ainda que esta solução, de certo modo, já havia sido preconizada num parecer técnico remetido à Comissão de Economia aquando da discussão da petição supracitada.

Vale a pena mencionar ainda que os custos apresentados não só representam uma primeira estimativa, mas também serão certamente elegíveis para cofinanciamento europeu, resultando então num investimento da Região muito menor — no caso da 'Solução 2' vir a ser financiada a 85% por projetos europeus, o custo para o erário público regional situaria-se nos 4,5 milhões de euros.

Em todo o caso, e independentemente de qualquer ampliação, o estudo apontou ainda quatro medidas de intervenção no aspecto operacional (na ordem dos 450 mil euros) que mereceram um parecer positivo e que também são "investimentos propostos para melhorar a informação e procedimento mesmo para a pista actual" — estas medidas devem também ser tidas em conta, numa perspetiva de curto prazo, por quem de direito.

Por fim, a maior conclusão de todas é a seguinte: a decisão agora é apenas e só do foro político, pois das revelações do estudo em questão deduz-se que é possível, é benéfico e está identificado como deve ser feito o aumento da pista do aeroporto do Pico.

Haja saúde!

Grupo Aeroporto do Pico

Ivo Sousa
Luís Ferreira
Bruno Rodrigues

Post scriptum: Este artigo foi igualmente publicado na edição n.º 42.459 do 'Diário dos Açores', de 22 de abril de 2021.

Soluções para o aumento da pista do Aeroporto da ilha do Pico

terça-feira, 20 de abril de 2021

O colecionador de recordes mundiais em caça submarina


Chama-se Paulo Afonso Melo, é de Santo Amaro do Pico e já habituou amigos e seguidores, quer aos vídeos gravados entre cardumes no mar, nos quais é o protagonista, quer às impressionantes capturas que faz em caça submarina. Em 2019, por exemplo, o vídeo do seu encontro com um tubarão-baleia teve destaque nacional.


Paulo Afonso é um verdadeiro colecionador de recordes mundiais (quatro) e europeus em caça submarina e pretende continuar a ampliar o rol de troféus, tendo mesmo batido os seus próprios recordes algumas vezes.

A sua mestria valeu-lhe um reconhecimento da Riffe Internacional, fabricante americano de equipamentos de caça submarina e mergulho livre de renome mundial, ao incluí-lo no seu grupo de elite, pelo que é o único europeu a ser patrocinado pela marca. 

É assim que se inicia uma entrevista ao picaroto Paulo Afonso publicada recentemente no jornal 'Açoriano Oriental' e que pode ser lida na íntegra online [link para reportagem completa].

Haja saúde!

segunda-feira, 19 de abril de 2021

Zonas Balneares Oficiais do Pico — 2021

Piscina do Cais do Pico

A Portaria n.º 25/2021, de 30 de março, procedeu à identificação das Zonas Balneares Oficiais dos Açores para 2021. Para o caso da ilha do Pico, as zonas identificadas são:

São Roque do Pico
Lajes do Pico
Madalena

Estas zonas têm como época balnear o período compreendido entre o início de junho e o final de setembro. Por outro lado, as zonas balneares da ilha montanha têm reconhecida qualidade superior, tal como comprovam os galardões Bandeira Azul, Qualidade de Ouro e ZERO poluição atribuídos a várias destas zonas balneares ao longo dos anos.

Face a 2020, é de salientar a inclusão de cinco novas zonas balneares oficiais para o caso da ilha do Pico; isto significa que o Pico reforçou o seu estatuto como segunda ilha a nível Açores com mais zonas balneares oficiais — de realçar igualmente que mais de um quarto (27%) de todas as zonas balneares oficiais do arquipélago açoriano (82) situam-se na ilha montanha.

Mais informações sobre as águas balneares açorianas podem ser encontradas no portal da Direção Regional dos Assuntos do Mar [www.aguasbalneares.azores.gov.pt]. Adicionalmente, alguns dados sobre a qualidade da água nestas zonas balneares (e em todas as outras de Portugal) podem ser encontrados no site do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos [http://snirh.pt/].

Por fim, a melhor forma de averiguar a qualidade destas zonas balneares oficiais do Pico, bem como das restantes (mais de meia centena) zonas de banhos da ilha montanha, é mesmo usufruir das mesmas.

Haja saúde!

Piscina do Cais


Poças de São Roque


Furna de Santo António


Arcos


Caisinho


Poça Branca

domingo, 18 de abril de 2021

Capital do Turismo Rural à vista... não há ninguém que resista!


O suplemento "Conhecer os Açores, Concelho a Concelho" do jornal 'Açoriano Oriental' deu a conhecer recentemente os encantos de São Roque do Pico.

Em quatro páginas, o mais antigo jornal em circulação em Portugal aborda o momento económico e dá a conhecer as potencialidades do concelho detentor da marca 'Capital do Turismo Rural', bem como apresenta uma entrevista com o Presidente do Município.

O artigo em questão pode ser encontrado em anexo.

Haja saúde!


sábado, 17 de abril de 2021

Estará o Pico mais ou menos imunizado contra a COVID-19 do que o resto do mundo?


A análise que se segue, tendo por base dados públicos recentes relacionados com o processo de vacinação contra esta doença pandémica [dados atualizados em 15/4/2021], pretende fazer um ponto de situação da vacinação contra a COVID-19 na ilha montanha.

Em primeiro lugar, vale a pena fazer um pequeno enquadramento cronológico deste assunto:
- No dia 2 de março do ano passado é registado o primeiro caso de COVID-19 em Portugal;
- Quatro dias depois, em 15 de março, regista-se o primeiro caso de COVID-19 nos Açores;
- Pouco mais de uma semana passou e, em 24 de março de 2020, a COVID-19 chegou à ilha montanha.

Como se pode notar, o mês de março do ano transato foi definitivamente o mês onde esta doença entrou na vida dos portugueses, dos açorianos e, em particular, dos picarotos.

Por outro lado, e atendendo à vacinação contra o novo coronavírus, há a destacar os seguintes momentos, isto excetuando os ensaios clínicos:
- No final desse mês, em 27 de dezembro, inicia-se a vacinação em Portugal contra esta doença;
- Quatro dias depois, em 30 de dezembro, é a vez de os Açores receberem as primeiras vacinas;
- No dia 9 de fevereiro deste ano, há pouco mais de dois meses, portanto, a vacina contra a COVID-19 chegou ao Pico — isto significa que menos de um ano se passou, mais precisamente 322 dias, entre a confirmação do primeiro caso de COVID-19 na ilha montanha e a chegada da respetiva vacina ao Pico, o que é um feito digno de registo.

Em todo o caso, não deixa de ser curioso notar o seguinte: a doença COVID-19 chegou à ilha montanha 22 dias depois de ter chegado ao território nacional e 9 dias depois de ter chegado ao arquipélago açoriano; todavia, no que respeita às vacinas, estas chegaram ao Pico 44 dias depois do primeiro lote ter sido entregue em Portugal e 41 dias depois da entrega nos Açores — é caso para dizer que a doença conseguiu ser mais rápida e eficiente na chegada à ilha montanha do que a distribuição das vacinas…


Aliás, os 29% registados no Pico tornam-na na ilha com a quarta maior taxa de vacinação no arquipélago, apenas superada por Corvo, com 71%, Graciosa, com 35%, e Flores, com 31%.

Numa comparação a nível nacional, pode-se afirmar que o Pico está melhor imunizado do que todas as regiões do continente e do que o arquipélago da Madeira, este último com cerca de 17% das pessoas vacinadas com pelo menos uma dose.

Em termos absolutos, foram administradas um total de 5989 vacinas na ilha do Pico [isto à data de 15 de abril de 2021], o que se traduz no terceiro valor mais elevado a nível regional. Aliás, e como curiosidade adicional, o Pico ocupa um honroso 12º lugar a nível internacional quando comparado com países com maior número de doses inoculadas por 100 habitantes, ficando assim à frente de países como Espanha, Alemanha, Canadá, Itália, Bélgica, França ou Suíça, entre outros.

Em suma, e parafraseando um famoso locutor de uma rádio nacional que recentemente esteve na ilha montanha a passar férias, também em termos de vacinação contra a COVID-19 é possível afirmar que no Pico está-se bem!

Haja saúde!

sexta-feira, 16 de abril de 2021

O que se passa com o estudo de operacionalidade da pista do aeroporto do Pico?


Estávamos em fevereiro de 2019 quando o Governo Regional dos Açores de então, através do seu Presidente, anunciou que seriam iniciadas as diligências necessárias para a realização de uma avaliação das condições de operacionalidade do Aeroporto da ilha do Pico. Em particular, pretendia-se saber das possíveis soluções para a resolução de questões de ordem técnica e operacional que condicionem ou impeçam a plena utilização do aeroporto do Pico, incluindo a ampliação da sua pista.

Vale a pena recordar que esta orientação governamental resultou em grande parte da petição pública "Pelo aumento das condições de operacionalidade do Aeroporto da ilha do Pico", lançada em setembro de 2016 e na qual os respetivos promotores identificaram que esta infraestrutura aeroportuária (a maior que é totalmente detida pela Região) beneficiaria, e muito, se a sua pista fosse aumentada e se nela fosse implementado o grooving; atendendo a que o grooving tornou-se uma realidade em agosto de 2018 e atendendo à orientação governamental supramencionada sobre a ampliação da pista, comprova-se que o trabalho de identificação das condicionantes do Aeroporto da ilha do Pico estava correto.

Avançando no tempo para janeiro de 2020, a Secretária Regional dos Transportes e Obras Públicas de então anunciou que o estudo de operacionalidade da pista do aeroporto do Pico havia sido adjudicado, prevendo-se a sua conclusão no final do primeiro semestre desse mesmo ano, ou seja, no verão do ano passado. Mais concretamente, e através de consulta no portal BASE — Contratos Público Online, é possível comprovar que foi celebrado um contrato em 31 de janeiro de 2020, designado por "Aquisição de Serviços de Elaboração de Estudo para a Avaliação das Condições de Operacionalidade do Aeródromo da Ilha do Pico", o qual teve um preço contratual de 44.000 € (quarenta e quatro mil euros) e um prazo de execução de 182 dias, o que significa que teria de estar concluído no dia 31 de julho de 2020.

Veio a pandemia e a conclusão do estudo atrasou, sendo que o único avanço conhecido até ao final do ano passado deu-se em outubro, nomeadamente quando o gabinete da Secretária Regional dos Transportes e Obras Públicas de então informou que a respetiva Secretaria já tinha recebido a versão preliminar do estudo em causa, tendo solicitado esclarecimentos acerca de algumas questões — questões essas que nunca foram conhecidas publicamente.

Entretanto, mais recentemente, e no âmbito do Plano e Orçamento da Região para este ano de 2021, eis que o Governo Regional dos Açores atual incluiu a seguinte afirmação na respetiva anteproposta:
O Governo Regional irá prosseguir com outras intervenções necessárias para permitir o alargamento da operacionalidade e segurança dos aeródromos regionais, nomeadamente, a execução a revisão [sic] do estudo de operacionalidade da pista do aeroporto do Pico (...).

No entanto, não existe nenhuma verba diretamente alocada nesta anteproposta para o efeito, ficando-se assim sem uma ideia mais concreta do que está planeado em relação ao estudo em causa. Em particular, o que está destinado no ponto "Infraestruturas e Equipamentos Portuários e Aeroportuários" é uma verba ligeiramente acima dos dois milhões e meio de euros (designadamente 2.589.589 €) para "apoio aos investimentos a realizar [no aeroporto do Pico] visando a melhoria da sua operacionalidade e segurança, destacando-se aquisição de viatura de combate a incêndios e do AVAC para a aerogare."

Relativamente ao aeroporto do Pico, de facto, o que está na descrição [da anteproposta] é exatamente aquilo que pretendemos, portanto neste ano não temos oportunidade ainda para fazer nenhuma intervenção, nem decidir nada relativamente à questão da pista. O que pedimos foi ao projetista que fizesse uma reavaliação do projeto, no sentido de aferir, face às novas aeronaves que podem a vir a estar disponíveis, quais são as reais necessidades para que o aeroporto sirva as ligações entre a ilha do Pico e a metrópole portuguesa. Portanto, neste momento pedimos uma reavaliação do estudo. Não será tomada uma decisão antes do fim do ano relativamente a qualquer possibilidade de ampliação da pista. Portanto, no fim do ano teremos já condições para decidir se sim, se não, se como.
Com isto tudo, o facto novo que se ficou a saber é que o estudo está em reavaliação. Todavia, outras questões se levantam a partir destas afirmações, designadamente:
  • Quais as aeronaves (tipo/modelo concreto) já consideradas anteriormente no projeto/estudo em questão?
  • Quais as “novas aeronaves que podem a vir a estar disponíveis” (tipo/modelo concreto), mencionadas pelo Secretário Regional, que não foram tidas em conta no projeto/estudo anterior e que se pretende incluir agora na respetiva reavaliação?
Estas questões foram, em tempo oportuno, colocadas pelo Grupo 'Aeroporto do Pico' à Secretaria Regional dos Transportes, Turismo e Energia, ficando sem resposta até à presente data.

No entanto, a edição n.º 5162 do semanário 'O Dever', de 15 de abril de 2021, conseguiu obter mais informações da respetiva Secretaria Regional sobre este assunto e responder, em parte, às questões elencadas anteriormente. Mais concretamente, ficou a saber-se o seguinte:
O estudo encomendado pelo anterior Governo, não continha nos pressupostos técnicos, a aeronave que se acredita venha a ser a mais utilizada nas ligações aéreas entre o Continente Português e os Açores, que é a aeronave A320-neo. Esta aeronave, possui performance e características técnicas que poderão exigir ou sugerir, outras soluções de configuração de pista, que convém acautelar.
Novas questões se levantam a partir destes novos dados:
  • Será que o facto de o estudo anterior não contemplar, nos pressupostos técnicos, a aeronave A320-neo advém do facto de este tipo de avião não fazer parte da frota da Azores Airlines, significando isto que a eventual ampliação reformulada poderia continuar a ser limitativa para uma parte da operação de médio curso da companhia aérea regional, pois a maioria da frota da Azores Airlines é composta por Airbus A321-neo (uma aeronave mais exigente do ponto de vista operacional do que o A320-neo)?
  • Será que o projeto/estudo em questão versa somente a melhoria das condições de operacionalidade para as ligações entre a ilha do Pico e o Continente Português, ou pretende ser mais abrangente e independente das rotas, assegurando a operação sem limitações de payload para as aeronaves das famílias Airbus A320 (designadamente A318/A319/A320/A321) e Boeing 737 (nomeadamente da primeira à quarta geração), aviões estes que são os mais utilizados mundialmente nas operações de médio curso?
A última destas questões constitui um desígnio da petição que despoletou todo este processo — a qual, recorde-se, teve uma enorme união pública, incluindo as vertentes empresarial e política (inclusivamente com o apoio dos três presidentes de Câmara do Pico e dos quatro deputados regionais eleitos por esta ilha). Ademais, a clarificação das questões anteriores é da maior importância para o Pico e não só, pois uma resposta positiva significaria que as ilhas do "Triângulo", em particular, e os Açores, em geral, passariam a ter uma porta de entrada totalmente gerida, explorada e desenvolvida pela Região para servir condignamente as ligações aéreas com o exterior, quer para o território nacional, quer para o estrangeiro.

Em suma, parece que voltámos ao tempo em que o Pico era a "ilha do futuro", pois verifica-se que os estudos relacionados com as infraestruturas fulcrais para o seu desenvolvimento e as eventuais obras que mitigam os constrangimentos existentes vão sempre estar prontos... no futuro!

Haja saúde!

Post scritpum: Este artigo foi igualmente publicado na edição n.º 42.455 do 'Diário dos Açores', de 17 de abril de 2021.

Post post scritpum: Em 20 de abril de 2021, o estudo em questão foi revelado parcialmente pelo jornal 'Diário dos Açores' — mais informações neste link.

Post post post scritpum: Em 12 de maio de 2021, o Diretor Regional dos Transportes Aéreos e Marítimos remeteu o seguinte ofício ao Grupo 'Aeroporto do Pico', em resposta às questões colocadas por este grupo (vide artigo):
Relativamente ao vosso email datado de 9 de abril, p.p., sobre o estudo da operacionalidade do aeroporto da ilha do Pico, o qual mereceu a nossa atenção e apreciamos a vossa preocupação, somos a informar que este é um estudo a decorrer, encontrando-se em fase de análise para posterior decisão o qual requere ainda consultas a entidades responsáveis pelas áreas de proteção que avizinham o aeroporto da ilha do Pico.



quinta-feira, 15 de abril de 2021

Caminhos de ferro do Cais do Pico


À exceção dos comboios de brincar, a ilha montanha nunca registou a presença deste tipo de locomotivas sobre linhas férreas, designadamente comboios de grande porte e com uma elevada capacidade de carga e/ou com um grande alcance.

No entanto, isso não invalidou a instalação de caminhos de ferro, nomeadamente no Cais do Pico. Mais concretamente, em dois locais do coração da vila de São Roque do Pico é possível encontrar barras de ferro paralelas fixas no solo:

No primeiro caso, as linha férreas tinham uma função protetora do piso alcatroado envolvente, isto é, sobre o ferro circulavam máquinas pesadas (por exemplo, "lagartas") que, sem esta proteção no chão, causariam muitos danos a uma via partilhada com viaturas ligeiras. Por outras palavras, os 'caminhos de ferro da Florestal' foram um investimento que permitiu poupar recursos, os quais por sua vez serviram para a criação de inúmeros caminhos florestais, igualmente conhecidos por "caminhos do mato".

Em relação aos carris do "Cais Velho", sobre estes deslizou um guindaste movimentando um conjunto infindável de mercadorias, quer fossem a entrar ou a sair da ilha montanha, permitindo assim uma otimização do processo de trocais comerciais vitais ao dia a dia picaroto. Por outras palavras, os 'caminhos de ferro do Cais Velho' foram um investimento que levaram a uma substancial economia de tempo e, como "tempo é dinheiro", certamente contribuíram para a riqueza local, em particular, e da ilha montanha, em geral.

Posto isto, os comboios podem não ter chegado ao Pico, mas os caminhos de ferro já cá estão e são hoje, indubitavelmente, um património e uma marca da história do viver destas gentes, neste caso da comunidade do Cais do Pico.

Haja saúde!


quarta-feira, 14 de abril de 2021

Radar da PSP no Pico — abril 2021


Segundo a PSP, neste mês de abril de 2021 serão efetuadas algumas operações de controlo de velocidade por radar na ilha do Pico, nomeadamente em:

  • 16 de abril (sexta-feira) / 08h00 / Madalena;
  • 19 de abril (segunda-feira) / 08h00 / Lajes do Pico.

Haja saúde!

terça-feira, 13 de abril de 2021

Arco-íris duplo no Cais do Pico


Um arco-íris não ocorre todos os dias... E mesmo quando é visível, nem sempre está assim tão perto...

Pois bem, desta vez o coração da vila de São Roque do Pico foi brindado não com um, mas com dois arcos-íris, com a particularidade de que um deles nascia em terra, enquanto o seu duplo nascia na baía do Cais do Pico.

Este fenómeno meteorológico ainda demorou largos minutos, o que permitiu a todos os transeuntes (e não só) contemplar mais este magnífico momento proporcionado pela natureza.

Por fim, e para mais tarde recordar, anexam-se alguma fotos deste belo momento da tarde de 12 de abril de 2021.

Haja saúde!



segunda-feira, 12 de abril de 2021

Frente Marítima do Cais do Pico em risco de inundação (e o Município poderá não ser consultado)


Na recente Resolução do Conselho do Governo n.º 60/2021, de 23 de março de 2021, foi determinada o procedimento de revisão do Plano de Gestão dos Riscos de Inundações da Região Autónoma dos Açores para o período 2022-2027 — abreviadamente designado por PGRIA 2022-2027.

O Plano de Gestão de Riscos de Inundações — o qual visa a gestão integrada dos riscos de inundações ao nível das bacias hidrográficas — abrange o território da Região Autónoma dos Açores, tendo sido reclassificadas e hierarquizados os riscos de inundação fluvial em cada uma das nove ilhas do arquipélago dos Açores atendendo aos critérios do 1.º ciclo, mas com registo histórico de cheias e inundações com caráter danoso ocorridas no período temporal entre janeiro de 2012 e setembro de 2018, que resultaram na identificação de 11 bacias hidrográficas, distribuídas pelas ilhas das Flores, Terceira, Pico e São Miguel, com risco elevado.

No caso de inundações de origem costeira são identificadas, pela primeira vez, 4 zonas de elevado risco de inundação nas ilhas do Pico e São Miguel.

Atendendo ao caso específico da ilha montanha, foram identificadas as seguintes zonas com elevado risco de inundação:
  • Bacia Hidrográfica da Ribeira do Dilúvio;
  • Frente Marítima de São Roque/Cais do Pico.

Ainda no âmbito do PGRIA 2022-2027, é constituída uma comissão consultiva, da qual são parte integrante, entre outros, um representante de todos os municípios com soberania sobre os diversos locais afetados, excepto um: o Município de São Roque do Pico não consta da lista elencada na Resolução do Conselho do Governo n.º 60/2021!

Este é certamente um lapso, pois sendo o PGRIA 2022-2027 um plano que "visa reduzir as potenciais consequências prejudiciais das inundações para a saúde humana, o ambiente, o património cultural, as infraestruturas e as atividades económicas, através da definição de medidas de prevenção, proteção, preparação e resposta adequadas às especificidades de cada uma das zonas identificadas com riscos potenciais significativos", é da maior pertinência, senão mesmo imprescindível, ter um parecer e fazer uso do conhecimento da respetiva autarquia, a qual inclusivamente avista diariamente a Frente Marítima de São Roque/Cais do Pico a partir da sua sede.

Por fim, e mesmo que não haja lugar à correção do lapso supramencionado, no início do próximo ano haverá com certeza mais novidades sobre futuros planos para a Frente Marítima de São Roque/Cais do Pico, pois a revisão do PGRIA 2022-2027, segundo resolução governamental, deve estar concluída até 31 dezembro de 2021.

Haja saúde!

Post scriptum: A Resolução do Conselho do Governo n.º 148/2021, de 24 de junho de 2021, veio alterar a composição da comissão consultiva prevista no n.º 5 da Resolução do Conselho do Governo n.º 60/2021, de 23 de março de 2021, nomeadamente ao adicionar um representante da Câmara Municipal de São Roque do Pico; por outras palavras, ao fim de três meses foi corrigido o lapso denunciado publicamente e em primeira mão neste blog.

domingo, 11 de abril de 2021

111.º Aniversário da Filarmónica Liberdade do Cais do Pico


O dia 10 de abril de 1910 tem um lugar especial na história do lugar do Cais do Pico, vila de São Roque do Pico: neste dia foi fundada a Filarmónica Liberdade do Cais do Pico.


(Hino da Filarmónica Liberdade do Cais do Pico)

Esta instituição de utilidade pública, a qual celebra agora o seu 111.º aniversário, conta com um longo historial [link] e atualmente mantém em funcionamento a sua principal atividade — a Banda Filarmónica e a Escola de Música — sob a batuta do maestro Paulo Freitas e a presidência de Fernando Andrade.

Através deste post, aproveito esta data para prestar uma homenagem não só à filarmónica homónima deste blog, mas também a todas as sociedades filarmónicas da ilha montanha, desejando os maiores êxitos para todas estas instituições, as quais são um valioso património do Pico, em particular, e dos Açores, em geral:
  • Liberdade do Cais do Pico
  • União Artista de São Roque
  • Recreio União Prainhense
  • Recreio Santamarense
  • Musical e Cultural da Piedade
  • Lira Fraternal Calhetense
  • Recreio Ribeirense
  • União Ribeirense
  • Liberdade Lajense
  • Recreio dos Pastores
  • Lira de São Mateus
  • União e Progresso Madalense
  • Lira Madalense

Haja saúde!