quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Escala de navios de mercadorias no Porto do Cais do Pico — novembro 2018


A Transinsular publicou no seu site a escala para o mês de novembro de 2018 dos navios de carga que efetuam a ligação Continente - Açores (clique na tabela seguinte para conhecer esta escala).


Os navios e as datas em que os mesmos vão visitar o Porto do Cais do Pico, na vila de São Roque do Pico, encontram-se indicados na tabela seguinte (clicando no nome do navio abre uma nova janela com a localização atual do mesmo).

DiaNavio
01 de novembro (quinta-feira)Insular
07 de novembro (quarta-feira)Ponta do Sol
15 de novembro (quinta-feira)Corvo
22 de novembro (quinta-feira)Ponta do Sol
29 de novembro (quinta-feira)Insular

Previsão de entradas e saídas de navios - Porto do Cais do Pico: Todas estas informações encontram-se igualmente disponíveis no separador "Barcos" deste blog.

Haja saúde!

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

O (velhinho) Porto do Cais do Pico


No coração da vila de São Roque do Pico, sob o olhar do D. Dinis, encontra-se o "Cais Velho", aquele que foi outrora "Porto do Cais do Pico" e que durante décadas serviu de porta de entrada e saída da ilha montanha.

Atualmente, a designação "Porto do Cais do Pico" pode ter sido transferida para o principal porto comercial picoense (que lhe fica próximo e que foi construído sobre a antiga Ponta da Laje em meados do século passado), mas a história do "Cais Velho" não se perdeu; este pequeno porto é, sem qualquer dúvida, um dos principais responsáveis no reforço do simbolismo do nome atribuído ao lugar do Cais do Pico há mais de quatro séculos, lugar este que tem desempenhado, ao longo dos tempos, um papel de relevo no contexto da ilha montanha.

Graças a uma partilha do amigo Francisco Medeiros, a quem agradeço, apresenta-se, em anexo, umas memórias sobre o "Cais Velho". Adicionalmente, também se apresentam imagens e vídeos relacionados, os quais foram extraídos dos seguintes posts:

Haja saúde!



PORTO DO CAIS DO PICO

A freguesia de São Roque do Pico está dividida em três lugares: a sede do concelho no lugar do Cais o Pico, onde está sediada toda a Administração Publica; São Roque, onde se situa a Igreja Paroquial; e São Miguel Arcanjo, em local mais elevado, onde está situada a ermida do Santo do mesmo nome. Com a frente virada a Nordeste, esta freguesia é um dos locais mais próximo da ilha de São Jorge, distando cerca de 10 milhas náuticas da Vila das Velas.

Quando eu cheguei ao Cais do Pico, em 1959, o porto era uma enseada, bastante ampla, que tinha a Norte uma ponta, chamada Ponta da Laje, e ao Sul a Ponta Rasa, onde tinha um moinho de vento bastante antigo, o qual já não estava em funcionamento. A base antiga do moinho foi recentemente aproveitada e o moinho reconstruído, o que dá ao local uma paisagem pitoresca bastante agradável. Em São Miguel Arcanjo há um miradouro de onde se avista toda a freguesia de São Roque do Pico, bem como a parte da freguesia de Santo António que fica mais a Noroeste.

Ao fundo da enseada tem o Porto do Cais do Pico em forma de triângulo escaleno, com um angulo virado a Nordeste arredondado, o lado Norte acostável é mais comprido com 29 metros e tem uma escaleira. O outro lado, virado ao Sul, tem também uma escaleira. Este lado, o segundo em comprimento, com a pedra da costa formam um caneiro que dá acesso a um varadouro em pedra, muito amplo e bem construído, resistente a todos os mares e às enxurradas das chuvas.

O maior barco que atracava no Cais era o "Terra Alta", tinha 31 metros aproximadamente e o cais tinha só 29 metros. Entretanto, alteraram o cais e este já não está como era quando cheguei!

O cais foi melhorado em 1942, para uma cota mais elevada, pois com pouco mar ficava todo alagado e pela ponta arriavam os botes quando aparecia baleia. Dado à sua baixa cota aconteceu que uma pequena lancha das Velas de São Jorge, com passageiros, quando atracou veio uma vaga de mar e pô-la sobre o cais, nisto os passageiros saíram, e noutra vaga os marítimos que ali estavam empurraram-na novamente para o mar.

A chalupa "Helena", no período em que passou na pesca do atum, varou ali num dia que havia mar do Noroeste. Bateu com a roda de proa numas pedras existentes do lado de fora do Cais, começou a meter água e teve que ser varada rapidamente. Era seu mestre José Ramos da Silva.

O mar de Norte e Noroeste, de vez em quando, era dono e senhor do varadouro e obrigava a retirar todas as embarcações ali varadas. Além disso, os proprietários dos prédios vizinhos tinham que pôr tapumes nas portas do rés do chão.

Ali varavam-se dois barcos de carga e duas lanchas para passageiros, duas lanchas da baleia e perto de 20 embarcações de pesca local. Quando o mar do Norte ou do Noroeste dificultavam as operações de embarque ou desembarque de passageiros, as lanchas ficavam a pairar próximo do Cais e era pela observação da rebentação do mar na Ponta da Laje que se faziam os sinais para as embarcações atracarem ou se afastarem do cais, indicações estas dadas pelos marítimos mais antigos da localidade, com experiência de muitos anos.

Hoje o varadouro é parque de viaturas automóveis!

Conheci muitos e bons marítimos no Cais do Pico, mestres da pesca e da caça à baleia, com a face tisnada pela água salgada. Não me refiro a todos porque eram muitos, mas vou citar os das famílias mais numerosas: os Canecas, os Aldeias, os Januários e os Fulas — Gente com um pé em terra e outro no mar.

Hoje já não é assim, pois as embarcações quando chegam fora dos portos, e há vagas de mar alteroso, vão entrando sempre; às vezes embrulham-se os dois e vão parar ao mesmo sítio...

Francisco Medeiros















Whaling 1946 Cais do Pico
Posted by Paul B Da Rosa on Wednesday, March 7, 2018


Whaling. days 1946 (This video may be upsetting to some.)
Posted by Paul B Da Rosa on Sunday, March 11, 2018








domingo, 28 de outubro de 2018

Horários dos aviões na ilha do Pico — Inverno IATA 2018/2019


A mudança para a hora de inverno (último domingo de outubro) coincide também com o início da estação "Inverno IATA", onde são praticados novos horários nas ligações aéreas com a ilha do Pico.

Mais concretamente, o aeroporto da ilha montanha passa agora a ter (até 30 de março de 2019):
  • Uma ligação diária com a ilha Terceira;
  • Quatro ligações semanais com a ilha de São Miguel (domingo, segunda, quarta e sexta);
  • Duas ligações semanais com Lisboa (segunda e sábado).

Todos horários dos aviões que servem a ilha do Pico de forma regular encontram-se disponíveis no separador "Aviões" deste blog.

Haja saúde!



Voos regulares
(clique na origem/destino para mais detalhes)

Chegadas ao Pico
HorárioDom.2.ª3.ª4.ª5.ª6.ªSáb.
08h ― 11h
TER
PDL
 
 
 
PDL  
 

 

11h ― 13h     TER  
TER
TER  
 
13h ― 15h
 
LIS
 
         
15h ― 17h
PDL
 
TER

 

PDL
LIS
TER
17h — 19h

TER
 

 

 

Partidas do Pico
HorárioDom.2.ª3.ª4.ª5.ª6.ªSáb.
08h ― 11h
TER
PDL
 
 
 
PDL  
 

 

11h ― 13h
 
 
 
TER  
 

TER
TER  
13h ― 15h
 
LIS

 

 
 
15h ― 17h  
 

 

LIS
17h — 19h PDL

TER TER

  PDL
 
TER
 

Legenda: TER - Terceira | PDL - Ponta Delgada | LIS - Lisboa


sábado, 27 de outubro de 2018

Sobre a queda de uma aeronave na ilha do Pico


Em 1965 despenhou-se, na ilha montanha, um pequeno avião que fazia um voo ferry sobre o Atlântico, partindo da América em direção a leste, sendo que este acidente não consta da literatura aérea.

Contudo, e graças a um trabalho de investigação que se encontra mencionado no blog "Vista Aérea", é possível ficar-se a saber um pouco mais sobre esta queda de uma aeronave na ilha do Pico, incluindo um registo fotográfico que documenta o avião sinistrado.

Para mais informações, basta clicar nos links seguintes:

SOBRE A QUEDA DE UMA AERONAVE NA ILHA DO PICO-I
SOBRE A QUEDA DE UMA AERONAVE NA ILHA DO PICO-II
SOBRE A QUEDA DE UMA AERONAVE NA ILHA DO PICO-III

Haja saúde!

Post scriptum: Em anexo apresenta-se recortes de um jornal da época sobre este acidente, documentação enviada por Francisco Medeiros, a quem agradeço.


quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Rali da ilha do Pico 2018 (resumo vídeo)


Decorreu nos dias 12 e 13 de outubro de 2018 o VII PICO PLAY/AUTOAÇOREANA RALI, sendo o penúltimo rali pontuável para o Campeonato Ralis dos Açores, pontuável também para o Troféu do Canal e para o Troféu de Ralis de Asfalto dos Açores.

Esta edição ficou marcada por um acidente que levou à desistência dos principais candidatos ao título regional, acabando Ruben Rodrigues / Estevão Rodrigues como a dupla vencedora do rali do Pico [tempos e classificações das várias etapas].

Um resumo vídeo deste rali, elaborado pela RTP-Açores, pode ser visionado online através do seguinte link:

VII PICO PLAY/AUTOAÇOREANA RALI

Haja saúde!

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Campanha SOS Cagarro 2018


A Campanha SOS Cagarro 2018 já está em marcha em todas as ilhas açorianas! Esta campanha, que decorre até 15 de novembro, tem como principal objetivo envolver as populações e entidades no salvamento dos cagarros juvenis encontrados junto às estradas e na sua proximidade.

O cagarro é uma ave procelariforme migratória (ou seja, que habita o oceano aberto), sendo também a ave marinha mais abundante nos Açores. Aliás, é nas ilhas açorianas que se encontra a maior concentração mundial de cagarros (cerca de 75% da população mundial desta espécie Calonectris borealis nidifica nos Açores).

Sabia que todos os anos, por volta de março, os cagarros regressam à mesma ilha e ao mesmo ninho onde se reproduziram pela primeira vez? O parceiro é sempre o mesmo todos os anos e os rituais de reconhecimento e acasalamento são complexos. As crias nascem em maio, sendo que em outubro abandonam os ninhos rumo ao mar. Estas só regressam para se reproduzir passados 5 anos.

A conduta a seguir para o salvamento de um cagarro juvenil encontrado é:
  1. Aproximar-se lentamente da ave (de preferência por trás), para não a assustar;
  2. Com calma e segurança, cobrir o corpo do cagarro com um casaco, toalha ou manta;
  3. Sem magoar a ave, segurá-la pelo pescoço e pela cauda, de modo a envolver todo o seu corpo;
  4. Com cuidado, colocar o cagarro numa caixa de cartão (de preferência com furos para permitir a ventilação) e mantê-lo dentro da caixa durante a noite, em local tranquilo e escuro;
  5. Libertar a ave na manhã seguinte, junto ao mar, pousando-a com cuidado no chão (não se preocupe se o cagarro levar algum tempo a reagir e a voar para o mar, pois ele continuará a sua viagem quando se sentir preparado).
É possível, ainda, registar online o salvamento de um cagarro, bem como acompanhar um contador de quantos cagarros já foram salvos este ano — para isso basta aceder a http://soscagarro.azores.gov.pt

Por fim, será atribuído o galardão "Cagarro D'Ouro" às pessoas que participem de forma mais ativa e regular nesta campanha.

Este ano salve um cagarro. Faça um amigo!

Haja saúde!



Alguns recursos da Campanha SOS Cagarro [lista completa]

Canção "O Cagarro" [letra]:



Exemplo de salvamento de um cagarro

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Obras no Centro de Saúde das Lajes do Pico arrancam em breve


O projeto de investimento do Centro de Saúde das Lajes do Pico acaba de ser aprovado ao abrigo da comparticipação financeira pelo fundo estrutural FEDER, no âmbito do Programa Operacional dos Açores (PO Açores 2020).

A intervenção no Centro de Saúde das Lajes do Pico, no valor total de cerca de 850 mil euros, é o mais recente projeto homologado pela Vice-Presidência do Governo.

Trata-se de uma remodelação significativa que vai permitir criar condições de resposta adequada às necessidades de cuidados continuados, bem como as condições para a certificação de qualidade desta unidade de saúde.

O projeto prevê a reabilitação geral do internamento e a criação de um centro de fisioterapia, com um ginásio e boxes individuais, assistido com vestiários e sanitários com duche.

Serão intervencionadas também as áreas do serviço de refeições, de ambulatório em geral, incluindo um gabinete destinado à medicina dentária.

A consignação está agendada para 22 de outubro, seguindo-se a imediata transferência dos serviços para a antiga escola secundária para se proceder ao início das obras.

No âmbito do regular funcionamento do Centro de Saúde já decorreram intervenções de adaptação no edifício alternativo, que irá acomodar a generalidade dos serviços enquanto decorrerem as obras na unidade de saúde.

[Fonte: GaCS]

Haja saúde!

Post scriptum: Mudança para a antiga escola secundária em 29 de outubro de 2018.


domingo, 21 de outubro de 2018

Eis o nascimento do substituto do navio "Mestre Simão"


Apresenta-se, em anexo, um vídeo do projeto em curso da construção de navio ROPAX para a Atlânticoline, o qual irá substituir o ferry "Mestre Simão" [link para vídeo mais recente].

Recorde-se que, em janeiro de 2018, o navio "Mestre Simão" encalhou dentro da bacia do Porto da Madalena, isto quando estava prestes a atracar na ilha do Pico, ficando inutilizado e, consequentemente, foi desmantelado — link para mais informações.

Haja saúde!

sábado, 20 de outubro de 2018

Lancha "Espalamaca" está mais próxima do mar


Em breve a "Espalamaca" deverá voltar a ter motores. O objetivo da Associação Amigos do Canal é que a lancha volte a navegar já este verão.

Esta semana, foi dado mais um passo para que a histórica lancha "Espalamaca" volte a navegar. Os motores do salva-vidas cedido pela Marinha à Região foram retirados na terça-feira e estão à espera da construção dos tanques para que sejam colocados na lancha, segundo revelou ao Diário Insular o presidente da Associação Amigos do Canal, Manuel Tomás. “Os motores foram colocados numa oficina para serem revistos, porque não podem ir de imediato para a "Espalamaca". Antes, têm de ser colocados os tanques de combustível e de água”, adiantou, acrescentando que, segundo os técnicos, os motores “estão boas condições”.

Os tanques já começaram a ser construídos, mas só deverão estar concluídos dentro de um mês. Também as hélices foram enviadas para Lisboa para serem afinadas e a associação aguarda agora por um orçamento para saber quanto custará a restante operação.

No verão do ano passado, a Marinha cedeu à Região o salva-vidas “Sota-patrão António Crista”, que seria abatido e que teria dois motores que poderiam ser aproveitados pela "Espalamaca" [link para mais informações]. Só agora, no entanto, a Associação Amigos do Canal conseguiu angariar verbas para avançar com a transferência dos motores, graças a donativos anónimos.

O objetivo da associação é que a lancha regresse ao mar no próximo verão, mas para que isso seja possível precisa de angariar mais fundos. Segundo Manuel Tomás, para que o processo continue a avançar é também “indispensável” que a "Espalamaca" seja classificada como Património Marítimo Regional, porque disso depende a aquisição de equipamentos e as licenças, por exemplo. “Temos expectativas de que a nova diretora regional da Cultura resolva este assunto mais depressa”, frisou, alegando que a associação já aguarda pela classificação desde janeiro. O que se pretende não é que a lancha volte a navegar para transporte regular de passageiros, mas que tenha uma atividade turístico-cultural.

Inicialmente, estava previsto que a "Espalamaca" fosse recuperada apenas para “fins museológicos e expositivos”, mas várias vozes se levantaram contra a colocação da lancha em terra, incluindo o mestre responsável pela restauração, João Alberto Neves, que alertou para a possibilidade de ela se degradar no espaço de dois anos.

[Fonte: Diário Insular | em anexo vídeo e imagens do processo de retirada dos motores do salva-vidas “Sota-patrão António Crista”]

Recorde-se que a "Espalamaca" encontra-se a ser restaurada nos estaleiros navais de Santo Amaro, ilha do Pico [link para fotos] — vale a pena relembrar que, durante muitos anos, grande parte das ligações marítimas entre as três ilhas do "Triângulo" (Pico, Faial e São Jorge) foram efetuadas pela "Espalamaca", uma embarcação construída em madeira, com 17 metros de comprimento e quatro de largura, e que tinha capacidade para transportar cerca de uma centena de passageiros (com bom tempo), com uma tripulação de apenas quatro homens.

Haja saúde!

Post scriptum: Governo Regional avança com classificação da lancha "Espalamaca"


sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Pico representado no atlas mundial da alimentação


O projeto "Taste Atlas" [www.tasteatlas.com] propõe uma viagem visual e explicativa pelos comeres de centenas de países. São mais de mais de nove mil pratos e produtos que estão apresentados de forma interativa num mapa do mundo.

Entre todas estas iguarias emblemáticas encontra-se o Queijo do Pico, comprovando-se, assim, a qualidade a nível mundial deste produto da ilha montanha.

Destaque ainda para a presença da Carne dos Açores neste atlas, um produto que tem no Pico a grande maioria das explorações associadas, bem como registe-se a presença do Mel dos Açores, um produto com forte tradição na ilha montanha.

Outros produtos açorianos também são mencionados no "Taste Atlas": Ananás dos Açores, Maracujá dos Açores, Queijo São Jorge e Meloa de Santa Maria.

Em suma, quando alguém afirmar que um qualquer prato confecionado com produtos dos Açores é dos melhores do mundo, possivelmente não estará a exagerar!

Haja saúde!

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Azores Triangle Adventure 2018 — etapa do Pico


De 5 a 7 de outubro de 2018 teve lugar mais uma edição do Azores Triangle Adventure — um evento desportivo de trail running que se disputa em três etapas distribuídas pelas três ilhas do "Triângulo": Pico, São Jorge e Faial.

Batizada como "Da Vinha à Montanha", a primeira etapa desta prova decorreu na ilha do Pico e contou com a participação de mais de 80 atletas que fizeram um percurso desde o nível do mar até à base do ponto mais alto de Portugal (pois o mau tempo impediu a subida à montanha do Pico), tendo os atletas passado também pela paisagem património mundial pela UNESCO.

O grande vencedor da etapa da ilha montanha foi Dário Moitoso, com um tempo de 02h10m31s. Em relação às senhoras, Fanny Borgström atingiu a meta ao fim de 02h34m05s, naquele que foi o décimo quinto melhor tempo da classificação geral.

Aqui fica um resumo em vídeo do primeiro dia do Azores Triangle Adventure 2018, bem como alguns links relacionados com esta prova:

Haja saúde!

Post scriptum: link para artigo relacionado "Qual é a sua definição de paraíso?".

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Andamento do 'Muro do Jaiminho' (2)


[Link para fotos mais recentes]

Apresenta-se, em anexo, um conjunto de fotografias (datadas de 14 de outubro de 2018) relativas ao andamento da empreitada de intervenção num troço da Estrada Regional N.º 1–2.ª, em São Roque do Pico [link para fotos mais antigas].

Esta obra, orçada em quase 105 mil euros e que tem um prazo de execução de 120 dias (a contar deste o início de outubro de 2018), consiste na construção de um muro de suporte e berma, designada pelo Governo Regional por 'Muro do Jaiminho', de forma a permitir o alargamento da plataforma da via, numa largura suficiente para permitir a construção de uma banda de estacionamento longitudinal e um passeio.

Haja saúde!












segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Manuel Francisco de Serpa: cinco décadas de festa e vida nas entrelinhas de uma pauta

Intitulado “Manuel Francisco de Serpa: cinco décadas de festa e vida nas entrelinhas de uma pauta”, este estudo parte de uma homenagem pessoal, da autora ao seu irmão, mas não evita tornar-se uma referência que define uma geração. De facto, o percurso da biografia de Manuel Francisco de Serpa — português, açoriano, picoense e prainhense — acompanha 50 anos da vida deste músico (1968-2018), mas Ana Isabel Serpa pincela os traços biográficos com indicadores geracionais de cinco décadas em plena transformação, que são ilustradas em três momentos específicos da vida do presente homenageado.
Assim se construíram 50 anos de vida artística. São décadas de dedicação, milhares de horas em prol de um ofício tão simples e tão complexo e tudo de forma tão profissional, apesar de tecnicamente classificado como amador. Amador, sim, mas entendido como aquele que ama a música e que sempre aspira à perfeição da sia composição e execução. Assim, descobrimos, talvez, um novo tipo de picoense: tal como os baleeiros, que largavam os campos para se lançarem aos cachalotes, Manuel Francisco de Serpa é o protótipo do picoense agromúsico, o que salta dos campos para as colcheias, tornado-se jardineiro de flores e de melodias cultivadas nas entrelinhas da pauta de uma vida plena.

Estes são excertos extraídos do prefácio (da autoria de Susana Goulart Costa) do livro lançado no passado dia 13 de outubro de 2018, no Salão Nobre da Câmara Municipal de São Roque do Pico, e que homenageia Manuel Francisco de Serpa e os seus 50 anos dedicados à música: desde aprendiz a regente, passando até pelo cargo de presidente, este "Mestre" deixa um legado inconfundível por onde passou e com quem conviveu, sobretudo nas filarmónicas Sociedade Recreio União Prainhense e Sociedade Filarmónica Liberdade do Cais do Pico.

Por fim, uma nota pessoal: Manuel Francisco de Serpa foi professor da Escola de Música e maestro da Filarmónica Liberdade do Cais do Pico durante quase 25 anos; nesta instituição, foi ele quem me ensinou a tocar clarinete e quem me ensaiou durante mais de 23 anos, até se retirar; foram inúmeras as histórias que partilhámos e os ensinamentos que aprendi com ele, muitos dos quais recorro frequentemente; por tudo isso, quero agradecer-lhe publicamente: Obrigado, "Mestre"!

Haja saúde!

[Notícia relacionada: Mais do que Maestro, Mestre: Lançamento do livro em homenagem a Manuel Francisco de Serpa]




domingo, 14 de outubro de 2018

Você decidiu: haverá audioguias no Museu da Indústria Baleeira!


Graças à votação dos cidadãos, a proposta "Audioguias no Museu da Indústria Baleeira e espaços envolventes" foi uma das propostas vencedoras do primeiro Orçamento Participativo dos Açores. Mais concretamente, esta proposta, inserida na área temática do Turismo, foi a mais votada de entre todas as propostas associadas à ilha do Pico.

Desta forma, o Museu da Indústria Baleeira — antiga Fábrica da Baleia Armações Baleeiras Reunidas, Lda., em São Roque do Pico, o primeiro museu industrial público dos Açores e aquele que foi o maior e mais importante complexo de transformação e processamento de cachalotes dos Açores — vai ficar dotado de audioguias, os quais trarão várias vantagens, como por exemplo:
  • Por ser mais agradável ouvir do que ler explicações, os audioguias permitem cativar e prender os visitantes a um museu, para além de os encaminhar num determinado percurso sem este ter de estar assinalado ou ter de ser acompanhado;
  • Estes dispositivos permitem também explicar todos os pequenos detalhes que não têm uma placa dedicada (tais como os riscos de giz na "Fábrica da Baleia");
  • Com um audioguia podem ser adicionados sons que permitem dar vida a uma peça em exposição (ex., ao explicar a oficina do ferreiro, ouvir-se-ia o som do ferro a ser moldado) ou mesmo dar voz a quem já faz parte da história (pequenas histórias da baleação contadas por antigos baleeiros);
  • Ouvir a explicação do museu na língua nativa do turista (seja ele português, alemão, russo, chinês, etc.) leva a que este se sinta mais próximo do que se pretende transmitir, permitindo aproximar os turistas da perceção e entendimento do valor cultural e patrimonial presente no museu;
  • Os audioguias dão origem a menos "poluição visual" de placas informativas, mantendo a autenticidade de um espaço histórico que se pretende preservar.

Prevê-se que, durante o ano de 2019 e com um investimento da ordem dos 30.750,00 €, os audioguias no Museu da Indústria Baleeira e espaços envolventes sejam uma realidade. O acompanhamento do processo de implementação desta proposta (bem como de todas as restantes propostas vencedoras) pode ser seguido através do seguinte link: https://op.azores.gov.pt/

Por fim, quero agradecer a todos aqueles que votaram nesta proposta e que deram a conhecer a mesma; a minha ideia não ficou em casa para que, da forma mais autêntica possível, se preserve e se dê a conhecer esta "Fábrica da Baleia", um valioso património não apenas do Cais do Pico ou da ilha montanha, mas também de todo o arquipélago dos Açores!

Haja saúde!

Post scriptum: Link para acompanhar a evolução deste projeto.

Post post scriptum: Este projeto ficou concluído em junho de 2021, altura em que o Museu da Indústria Baleeira passou a disponibilizar ao público um serviço audioguia pioneiro a nível regional.