sábado, 12 de fevereiro de 2022

Resolvido (temporariamente) o abastecimento de combustível ao Pico


Na madrugada da passada terça-feira, 8 de fevereiro de 2022, o navio tanque "São Jorge" embateu no ilhéu da Praia da ilha Graciosa. O acidente provocou um rombo no casco, que foi rapidamente selado (através de operações de soldadura subaquática), sem que houvesse derrame de combustível. Curiosamente, a embarcação estava de saída da ilha branca em direção à ilha montanha, onde deveria atracar no porto do Cais do Pico na manhã dessa terça-feira.

Como este é o navio que assegura a distribuição de combustíveis líquidos entre várias ilhas dos Açores, levantou-se logo a questão se iria haver falhas de combustível nalgumas parcelas do arquipélago, tendo o armador garantido que tal não iria acontecer.

Face a toda esta situação, a solução temporária e imediata para o abastecimento de combustível à ilha do Pico recaiu no uso da embarcação "Thor B", um navio rebocador que está afeto ao transporte marítimo regular de mercadorias para a ilha do Corvo e que, através de tanques incorporados na sua estrutura, permite, também, o transporte de combustível a granel. Assim, a primeira operação de abastecimento nestas condições teve lugar esta sexta-feira, 11 de fevereiro, como a imagem anexa comprova.

Quando ao navio tanque "São Jorge", ele foi rebocado para a ilha Terceira durante a noite de quinta-feira/manhã e tarde de sexta-feira (um processo que demorou cerca de 20h e que foi auxiliado pela Marinha Portuguesa), onde vai agora descarregar o combustível para depois seguir para reparação.

Adicionalmente, o armador informou que o navio acidentado vai ser substituído pelo "Nordic Sira" nas operações de abastecimento de combustíveis à Região Autónoma dos Açores, enquanto o "São Jorge" estiver a ser reparado. O navio-tanque "Nordic Sira" está "perfeitamente adequado ao abastecimento e às especificidades dos portos dos Açores e chega a Ponta Delgada já na próxima semana", asseverou o armador.

Por fim, todo este infeliz acontecimento pode igualmente ser encarado como mais uma prova da resiliência dos açorianos e de quanto dependemos uns dos outros: um azar numa ilha afetou diretamente outras, mostrando como o arquipélago é um conjunto e não a soma de ilhas isoladas; a solução temporária para essas ilhas afetadas chegou rapidamente graças à partilha de recursos que estavam afetos a outras ilhas, mostrando como a entreajuda açoriana consegue ultrapassar as vicissitudes do dia a dia.

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